Evitar a breguice
Você já reparou em como os jovens de hoje se vestem mal? São roupas justas, rasgadas, com excesso de estampas... um horror.
Outro dia fui à loja de roupas para comprar uma calça masculina, e pensei que se eu usasse o adjetivo «masculina» a lojista me traria algumas calças sociais. Ledo engano.
Ela sumiu por trás do balcão, e depois voltou com uma pilha de calças coloridas, dessas que grudam na perna e afunilam o tornozelo.
Não estou brincando nem um pouco. Ali estavam as sete cores do arco-íris, bem na minha frente.
Perguntei se tinha algo mais sóbrio, discreto, elegante. Ela me olhou desapontada e disse que não, que aquelas peças estavam «na moda» e que eu não acharia nada mais largo, nada mais reto para comprar.
Não sei se o impacto da resposta foi devidamente captado, mas aquilo significava que se eu quisesse uma calça reta, simples, etc., eu teria de ir a um alfaiate.
Fui criança nos anos 1990. Naquela época, quem se vestia como palhaço era considerado brega. Hoje, me pergunto se a breguice não é o ar que respiramos.
Veja: eu não ficaria tão indignado com a «fuleragem» se ela não me afetasse diretamente.
Minha experiência na loja de roupas é só um exemplo do que acontece todos os dias com quem busca se vestir de forma decente.
Não sou estilista. Não posso nem querer ser estilista. Nunca acompanhei as tendências da moda, mas olhei ao redor e não vi estilo. Vi mau gosto.
Tenho a impressão de que a cafonice é o novo padrão de beleza, e são os jovens é que ditam esse padrão.
Como se não bastasse a feiura dos grandes centros urbanos, temos de lidar com adultos que agem, falam, e se vestem como adolescentes.
Enfim, se existisse um lugar tranquilo, calmo, e sossegado onde as pessoas se vestem bem, eu daria tudo para estar nesse lugar: carteira de motorista, diploma universitário... tudo mesmo.



Perfeito!
Obrigado, meu caro.